As palavras comovem, mas os exemplos arrastam. (Provérbio árabe)
A frase a seguir não apresenta nenhuma espécie de inconsistência textual, ou seja, não é incoerente: “Brincadeira de criança na Escola de Tempo Integral (ETI)[1] será coisa séria!”.
A proposta da ETI formulada pelo professor Pedro Demo e estudada durante o Curso de Formação para seus professores prevê atividades em ambientes de aprendizagem interdisciplinares (AA1, AA2, e assim segue!) e integradores (suportados por Artes e Educação Física), além de períodos dedicados a atividades abertas – o Tempo Livre, em que o aluno poderá, livremente, optar por qual atividade deseja participar, sendo acompanhado por um professor/monitor por diversos espaços da escola: biblioteca, sala de informática, brinquedoteca e outras que a equipe pedagógica possa organizar. Importante salientar que, o brincar, dentro de um sentido lúdico e direcionado positivamente para a aprendizagem, permeará todos os ambientes de aprendizagem da ETI, servindo de mote, ponto de partida e apoio permanente ao trabalho didático do educador, que reconhece a importância do brincar para o salutar desenvolvimento da estrutura cognitiva, emocional e física da criança. Nas escolas tradicionais, o brincar só aparece nas aulas de Educação Física e Artes, sendo comprovada sua necessidade em todas as áreas do conhecimento.
A criança brinca para conhecer a si própria, e para, com a imaginação, ditar e seguir regras de convivência e praticar a cultura na qual está inserida. Brincando, ela desenvolve criatividade, memória, narrativa, argumentação e raciocínio lógico. Além disso, exercita sua imaginação e coordenação motora, através do movimento sugerido pela maioria das brincadeiras. Piaget, em sua fala sobre jogos e brincadeiras, afirma que quando a criança está brincando, não está somente ocupando seu tempo; está desenvolvendo grandemente seu intelecto.
Além da proposta diferenciada, a ETI apóia-se nos mais renomados pesquisadores (Abbott, 2006) do universo infantil para assegurar aos seus educadores suporte metodológico e firme fundamentação teórica que assegurem que tal prática pode proporcionar resultados positivos no tocante à aprendizagem de seus alunos. Não utilizar didaticamente o potencial imaginativo das crianças em prol de seus aprendizados é totalmente contraproducente, além de atentar contra a naturalidade da infância. Professores e equipe pedagógica devem, sempre, prever nos planejamentos atividades ricas em ludicidade e, consequentemente, atrativas e ativas. Dentro ou fora da sala de aula, como toda atividade escolar, as brincadeiras podem servir de fonte para análise situacional da criança (individual) ou do grupo. Como se trata de uma proposta inovadora, ousada e, até certo ponto, revolucionária, podem ocorrem casos de resistência por parte de pais e/ou da comunidade externa, a correta argumentação baseada em pesquisas acadêmicas e experiências bem-sucedidas poderá convencê-los e converter o que era resistência em apoio incondicional.
Uma excelente alternativa para facilitar esse trabalho de convencimento e chegar à aceitação da proposta, nada seria melhor que exibir para os pais, logo na primeira reunião (um encontro livre da tensão de notas e problemas disciplinares cotidianos) o longa-metragem norte-americano ”Patch Adams – O amor é contagioso” (1998), estrelado pelo ator Robbin Willians, que é baseado na história verídica do médico Hunter “Patch” Adams que, entre as décadas de 60 e 70, após ser internado num hospício, decide estudar medicina a fim de ajudar verdadeiramente os pacientes. Logo no primeiro ano de estudo, o idealista Patch bate de frente com o sistema educacional da universidade em que estuda, pois acredita que um eficiente tratamento médico das pessoas doentes passa, em primeiro lugar, por tratá-las com humanidade e destinando-lhes carinho, compreensão, tratando-as singularmente. Assistindo este filme de caráter didático, educadores e pais poderão constatar como a ludicidade, o bom humor, a auto-estima e a afetividade podem influenciar decisivamente na aprendizagem dos alunos.
O acadêmico Patch (Robbin Willians), de forma muito irreverente, passa a freqüentar às escondidas o hospital da universidade e levar um pouco de alegria para a vida dos doentes, sendo, até sua formatura, pressionado a abandonar seu modo de agir, mas consegue formar-se e passa a dedicar-se integralmente a seu projeto de vida, uma casa de saúde que emprega técnicas médicas alternativas, bastante ousadas e inovadoras, primando por oferecer um tratamento o mais humano e afetivo possível a cada um de seus pacientes. Qualquer semelhança com o trabalho didático que se pretende implantar nas ETI’s não será mera coincidência, pois a vida do médico norte-americano retratada neste filme é um exemplo que deveria ser seguido por todos os profissionais que podem, direta ou indiretamente, influenciar a vida das pessoas: professores, médicos, engenheiros, políticos, policiais, comerciantes, escritores, prestadores de serviços, agricultores, jornalistas, artistas...
[1] A sigla ETI significa Escola de Tempo Integral.
A frase a seguir não apresenta nenhuma espécie de inconsistência textual, ou seja, não é incoerente: “Brincadeira de criança na Escola de Tempo Integral (ETI)[1] será coisa séria!”.
A proposta da ETI formulada pelo professor Pedro Demo e estudada durante o Curso de Formação para seus professores prevê atividades em ambientes de aprendizagem interdisciplinares (AA1, AA2, e assim segue!) e integradores (suportados por Artes e Educação Física), além de períodos dedicados a atividades abertas – o Tempo Livre, em que o aluno poderá, livremente, optar por qual atividade deseja participar, sendo acompanhado por um professor/monitor por diversos espaços da escola: biblioteca, sala de informática, brinquedoteca e outras que a equipe pedagógica possa organizar. Importante salientar que, o brincar, dentro de um sentido lúdico e direcionado positivamente para a aprendizagem, permeará todos os ambientes de aprendizagem da ETI, servindo de mote, ponto de partida e apoio permanente ao trabalho didático do educador, que reconhece a importância do brincar para o salutar desenvolvimento da estrutura cognitiva, emocional e física da criança. Nas escolas tradicionais, o brincar só aparece nas aulas de Educação Física e Artes, sendo comprovada sua necessidade em todas as áreas do conhecimento.
A criança brinca para conhecer a si própria, e para, com a imaginação, ditar e seguir regras de convivência e praticar a cultura na qual está inserida. Brincando, ela desenvolve criatividade, memória, narrativa, argumentação e raciocínio lógico. Além disso, exercita sua imaginação e coordenação motora, através do movimento sugerido pela maioria das brincadeiras. Piaget, em sua fala sobre jogos e brincadeiras, afirma que quando a criança está brincando, não está somente ocupando seu tempo; está desenvolvendo grandemente seu intelecto.
Além da proposta diferenciada, a ETI apóia-se nos mais renomados pesquisadores (Abbott, 2006) do universo infantil para assegurar aos seus educadores suporte metodológico e firme fundamentação teórica que assegurem que tal prática pode proporcionar resultados positivos no tocante à aprendizagem de seus alunos. Não utilizar didaticamente o potencial imaginativo das crianças em prol de seus aprendizados é totalmente contraproducente, além de atentar contra a naturalidade da infância. Professores e equipe pedagógica devem, sempre, prever nos planejamentos atividades ricas em ludicidade e, consequentemente, atrativas e ativas. Dentro ou fora da sala de aula, como toda atividade escolar, as brincadeiras podem servir de fonte para análise situacional da criança (individual) ou do grupo. Como se trata de uma proposta inovadora, ousada e, até certo ponto, revolucionária, podem ocorrem casos de resistência por parte de pais e/ou da comunidade externa, a correta argumentação baseada em pesquisas acadêmicas e experiências bem-sucedidas poderá convencê-los e converter o que era resistência em apoio incondicional.
Uma excelente alternativa para facilitar esse trabalho de convencimento e chegar à aceitação da proposta, nada seria melhor que exibir para os pais, logo na primeira reunião (um encontro livre da tensão de notas e problemas disciplinares cotidianos) o longa-metragem norte-americano ”Patch Adams – O amor é contagioso” (1998), estrelado pelo ator Robbin Willians, que é baseado na história verídica do médico Hunter “Patch” Adams que, entre as décadas de 60 e 70, após ser internado num hospício, decide estudar medicina a fim de ajudar verdadeiramente os pacientes. Logo no primeiro ano de estudo, o idealista Patch bate de frente com o sistema educacional da universidade em que estuda, pois acredita que um eficiente tratamento médico das pessoas doentes passa, em primeiro lugar, por tratá-las com humanidade e destinando-lhes carinho, compreensão, tratando-as singularmente. Assistindo este filme de caráter didático, educadores e pais poderão constatar como a ludicidade, o bom humor, a auto-estima e a afetividade podem influenciar decisivamente na aprendizagem dos alunos.
O acadêmico Patch (Robbin Willians), de forma muito irreverente, passa a freqüentar às escondidas o hospital da universidade e levar um pouco de alegria para a vida dos doentes, sendo, até sua formatura, pressionado a abandonar seu modo de agir, mas consegue formar-se e passa a dedicar-se integralmente a seu projeto de vida, uma casa de saúde que emprega técnicas médicas alternativas, bastante ousadas e inovadoras, primando por oferecer um tratamento o mais humano e afetivo possível a cada um de seus pacientes. Qualquer semelhança com o trabalho didático que se pretende implantar nas ETI’s não será mera coincidência, pois a vida do médico norte-americano retratada neste filme é um exemplo que deveria ser seguido por todos os profissionais que podem, direta ou indiretamente, influenciar a vida das pessoas: professores, médicos, engenheiros, políticos, policiais, comerciantes, escritores, prestadores de serviços, agricultores, jornalistas, artistas...
[1] A sigla ETI significa Escola de Tempo Integral.
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